O que é o Jornal da Macroeconomia

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Natal, RN, Brazil
O Jornal da Macroeconomia é uma reunião de debates que tem como temática a conjuntura macroeconômica. Idealizado pelo professor do Departamento de Economia da UFRN, Dr. André Lourenço, para servir como instrumento de incentivo ao debate. Teve sua primeira edição realizada no dia 09 de outubro de 2008. Sua formatação inclui a pesquisa e seleção de notícias consideradas relevantes, envolvendo a temática do debate, que são compiladas e apresentadas aos participantes na forma de jornal, seguindo então os debates, tendo como foco as notícias previamente selecionadas. Esse espaço foi criado para disponibilizar as edições anteriores aos interessados, divulgar o Jornal da Macroeconomia e criar um meio eletrônico de realizar esses debates, visando contribuir para o Curso de Economia da UFRN e de outras academias.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Jornal da Macroeconomia

Jornal da Macroec onomia UFRN – Ano 4 – 19ª Edição – Projeto de Monitoria – Teoria Macroeconômica – Outubro/2011 – Natal/RN
OCDE vê IPCA alto e expansão menor do Brasil em 2012 26 de outubro de 2011 • 15h31

A economia brasileira vai desacelerar em 2012, e a inflação fechará o ano acima de 6 por cento, previu a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório divulgado nesta quarta-feira, no qual destacou a gravidade do cenário externo.
Em um amplo estudo econômico sobre o país, a OCDE afirmou que também em 2013 a inflação seguirá acima do teto da meta de 4,5, com o crescimento ganhando um pouco de ritmo, mas ainda bem abaixo do estimado pelo governo.
"O principal desafio macroeconômico consiste em dominar a inflação dentro de um contexto de abundante liquidez mundial", afirmou a organização intergovernamental, que reúne países industrializados
Os prognósticos da OCDE geraram uma reação exaltada por parte do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, que questionou a "consistência macroeconômica" do relatório e afirmou que o governo não deixará o país desacelerar em 2012 e 2013.
"Talvez contaminados pela estreiteza da reação de países desenvolvidos, a OCDE não vê que o Brasil tem plenos instrumentos para reagir ao momento atual", disse Holland durante a apresentação do relatório.
Ele também criticou o modelo econômico usado pela OCDE para estimar a inflação, afirmando que no Brasil ele não é usado "nem por estudantes de graduação".
O Banco Central tem reiterado que a inflação, que hoje corre acima do teto de 6,5 por cento, pelo IPCA, da meta no acumulado em 12 meses, convergirá para o objetivo central de 4,5 por cento já no ano que vem.
A OCDE, contudo, estima que a inflação ao consumidor medida pelo IPCA chegará ao final de 2012 em 6,2 por cento, fechando o ano seguinte em 5,1 por cento.
O governo brasileiro espera que a economia cresça entre 3,5 por cento e 4 por cento este ano, segundo o Ministério da Fazenda. Para 2012, a expectativa é de expansão de 5 por cento, de acordo com projeto orçamentário encaminhado ao Congresso em agosto. A OCDE, por outro lado, previu crescimento de 3,6 por cento este ano, com desaceleração para 3,5 por cento no ano seguinte e expansão de 4 por cento em 2013.
"Estamos trabalhando com um cenário externo muito mais negativo do que o governo brasileiro", afirmou o economista da OCDE Marcos Boturi ao justificar as discrepâncias entre os prognósticos. Ele ponderou que, apesar da desaceleração, o desempenho do Brasil em meio à crise tem sido bem superior à média global.
Para garantir o crescimento de longo prazo, a OCDE defendeu a importância de o país promover reformas mais amplas, como a previdenciária, que abriria espaço para uma elevação dos investimentos em infraestrutura, hoje em níveis "baixos".
Ainda do lado fiscal, a entidade chamou a atenção para a importância de o Brasil reduzir as vinculações das receitas orçamentárias e introduzir uma limitação ao crescimento das despesas.
"Seria completada uma primeira etapa nessa direção, se o limite de crescimento das despesas com pessoal for adotado", afirmou a OCDE.
CONTROLE CAMBIAL
A OCDE informou ainda considerar "compreensíveis" as medidas adotadas pelo governo brasileiro para restringir temporariamente a entrada de capitais de curto prazo no país, dadas as incertezas na economia global.
A referência aparentemente era à imposição pelo governo da taxação, com IOF, das aplicações feitas por estrangeiros em renda fixa e dos empréstimos externos de curto prazo.
"Mas o Brasil deve confiar de maneira mais significativa na consolidação fiscal", afirmou a entidade, ressaltando que o aumento da poupança pública minimiza riscos associados aos grandes fluxos de capitais voláteis.
Entre as recomendações de políticas para o Brasil, a OCDE citou o desenvolvimento do mercado de capitais de longo prazo, a adoção de uma meta fiscal nominal, que inclui também as despesas financeiras, e a minimização de riscos associados aos grandes fluxos de capitais voláteis.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI5436639-EI188,00-OCDE+ve+IPCA+alto+e+expansao+menor+do+Brasil+em.html.

Dívida pública sobe 2,2% em setembro, para R$ 1,8 trilhão
Despesa com juros e emissão líquida elevaram dívida em setembro.Dívida externa subiu 12,44%, para R$ 84,8 bilhões.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília


A dívida pública federal, o que inclui os endividamentos interno e externo, teve alta de 2,28% em setembro deste ano, para R$ 1,8 trilhão, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (24). Em valor, o crescimento totalizou R$ 40 bilhões – no fim de agosto, a dívida pública estava em R$ 1,76 trilhão.
Segundo o Tesouro, a elevação da dívida pública no mês passado se deve à apropriação de juros da dívida interna, no valor de R$ 17,6 bilhões e, também, à emissão líquida (acima do volume de resgates) de R$ 13,3 bilhões em títulos no mercado interno. Também foi registrado um aumento de R$ 9,39 bilhões na divida externa por conta da alta do dólar.
Dívidas interna e externaNo caso da dívida interna, segundo informou o Tesouro, foi registrado um crescimento de 1,83% em setembro, para R$ 1,72 trilhão. Em agosto, a dívida interna estava em R$ 1,69 trilhão.
Já a dívida externa brasileira, resultado da emissão de bônus soberanos no mercado internacional e de contratos firmados no passado, o governo contabilizou um aumento de 12,44% em setembro, para R$ 84,8 bilhões. Em agosto deste ano, o estoque da dívida externa estava em R$ 75,4 bilhões.
Previsão para 2011A expectativa da Secretaria do Tesouro Nacional para este ano é de um crescimento de até R$ 236 bilhões na dívida pública, para R$ 1,93 trilhão. O Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública em 2011 prevê um patamar entre R$ 1,8 trilhão, o que representaria um crescimento de R$ 106 bilhões, e R$ 1,93 trilhão (expansão de R$ 236 bilhões), para a dívida pública brasileira no fim deste ano.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/10/divida-publica-sobe-22-em-outubro-para-r-18-trilhao.html.

Brasil precisa elevar poupança interna, diz Coutinho
Dependência brasileira de recursos externos pode deixar a economia vulnerável

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou nesta quarta-feira (19) que o Brasil precisa elevar sua poupança interna nos próximos anos. Segundo ele, a dependência do País em relação a recursos externos pode deixar a economia brasileira vulnerável a choques internacionais. A análise ocorreu durante apresentação na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
- Depender de forma absoluta do capital externo não é uma política sustentável. Isso significa olhar a poupança das famílias, das empresas e do governo de maneira importante.
O presidente do banco de fomento voltou a dizer que ainda não há queda verificável no ritmo dos investimentos do País, a despeito do recrudescimento da crise mundial.
- Predomina a avaliação de que a economia brasileira pode desacelerar um pouquinho, mas ainda retém as alavancas e o volume de projetos com alto retorno que são necessários para sustentar os investimentos.
Segundo Coutinho, os desembolsos do BNDES em 2011 devem ficar entre R$ 140 bilhões e R$ 145 bilhões, patamar próximo do efetuado no ano passado.
- Essa estabilização ocorre porque agora buscamos abrir espaço para que o setor financeiro privado nacional possa voltar a financiar investimentos de longo prazo.
Fonte: http://noticias.r7.com/economia/noticias/brasil-precisa-elevar-poupanca-interna-diz-coutinho-20111019.html.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

CALENDÁRIO


Eis o calendário, com o prof. responsável e suplente, respectivamente:

31/3 - Prof. André Lourenço e Prof. William

28/4 - Prof. André Marques e Prof. Márcia

26/5 - Prof. Fabrício e Prof. André Lourenço

16/6 - Prof. Márcia e Prof. Fabrício

25/8 - Prof. William e Prof. André Marques

29/9 - Prof. André Lourenço e Prof. Fabrício

27/10 - Prof. André Marques e Prof. William

24/11 - Prof. Fabrício e Prof. Márcia

quarta-feira, 27 de abril de 2011

16ª Edição

Jornal da Macroeconomia


UFRN – Ano 4 – 16ª Edição – Projeto de Monitoria – Teoria Macroeconômica – Abril/2011 – Natal/RN







Dilma diz que não sacrificará emprego e crescimento para combater inflação


Mas presidente diz em reunião do Conselhão que está atenta, dia e noite, às pressões inflacionárias, ''venham de onde vierem''


O governo não vai controlar a inflação à custa do desemprego e da redução drástica do crescimento. A meta foi exposta ontem, de maneira explícita, pela presidente Dilma Rousseff, aproveitando a sua primeira participação na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o "Conselhão".


Diante de empresários, sindicalistas, artistas e ativistas sociais, ela disse é "sempre melhor enfrentar os problemas do crescimento do que os problemas do desemprego, da falta de renda, da falta de investimento e da depressão econômica". Numa referência aos críticos preocupados com a possibilidade de o governo perder controle sobre os preços, Dilma disse que "está atenta dia e noite às pressões inflacionárias, venham de onde vierem".


Acrescentou que "compreende" o "calor da paixão" no debate econômico, mas prefere aguardar a eficácia de medidas já tomadas para manter a política de fazer "reduções seletivas" do crédito e do consumo e chegar a um "crescimento moderado".


Antes do pronunciamento da presidente, o ministro Guido Mantega (Fazenda) fez uma explanação detalhada sobre a visão do governo em relação ao momento econômico mundial e do País. Dois dos 26 slides exibidos - com planilhas que juntavam indicadores e propostas de política econômica - resumiram o que Dilma anunciaria em seguida.


O slide 17 da apresentação do ministro Mantega mostrou que a política do governo é "reduzir a expansão do crédito e moderar o crescimento da demanda sem matar a galinha dos ovos de ouro" - que é o crescimento. O slide 18 explicitou até uma divergência em relação ao governo Lula: o ajuste do governo Dilma, afirmou, "não é o (ajuste) tradicional". Além de alertar para o fato de que as reduções seletivas não atingirão o investimento, a planilha acrescentava: "Em 2011, continuam (os) estímulos ao investimento".


Mantega admitiu que, neste ano, não será possível repetir a "exuberância" do crescimento da oferta de emprego de 2010, quando foram criados mais de 2,5 milhões postos formais.


Herança. Dilma disse que tomará todas as medidas necessárias para garantir a preservação da "nova classe média", o que chamou de "maior e melhor herança" recebida da era Lula.


Ao defender o crescimento, ainda que "moderado", ela pregou inclusão social e o funcionamento dos canteiros das obras do PAC e do Minha Casa, Minha Vida - na prática, a execução do Orçamento mostra que, pelo menos por enquanto, o governo não está fazendo investimentos nesses programas.


Para a presidente, o País ainda tenta consolidar a recuperação da crise financeira de 2008 e sofreu choques internos recentes, como a alta dos preços de alimentos e do etanol. "Eu tenho compromisso em controlar a inflação. Sem controle, não há desenvolvimento sustentável", afirmou. "Eu cumpro meus compromissos. também tenho compromisso com o desenvolvimento econômico e social, pois é o que gera emprego e garante a inclusão."


Site http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110427/not_imp711190,0.php.


Taxa de câmbio “real” é a menor dos últimos nove anos


A desvalorização recente do dólar fez com que, em termos reais, a taxa de câmbio fosse a menor nos últimos nove anos.


A desvalorização recente do dólar fez com que, em termos reais, a taxa de câmbio fosse a menor nos últimos nove anos. A taxa de câmbio “real” é uma medida da taxa de câmbio obtida por meio de uma comparação dela com a inflação do período no Brasil e nos principais parceiros comerciais.

A taxa de câmbio atual é inferior à taxa de janeiro de 1999, mês em que ocorreu a mudança do regime cambial. Em outras palavras, pode-se afirmar que a taxa de câmbio atual é próxima a taxa de janeiro de 1999, caso não tivesse ocorrido inflação no Brasil e nos principais parceiros comerciais. O cálculo desta taxa foi feito pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Já a taxa de câmbio nominal está em nível próximo ao do primeiro trimestre de 2000. Vale ressaltar, entretanto, que, como medida de competitividade, a taxa de câmbio nominal não permite o mesmo tipo de comparação da taxa de câmbio real. Por exemplo, uma taxa de câmbio de R$ 1,72 em 2008 não tem o mesmo significado de uma taxa de câmbio de R$ 1,72 em 2000, pois a inflação do período deveria se refletir numa desvalorização do real na mesma proporção da variação dos preços para que a taxa de câmbio estivesse, de fato, no mesmo nível.

A questão principal desta análise é que a taxa de câmbio atual é praticamente a mesma de quando a economia brasileira tinha um regime de bandas cambiais, que resultou em aumento acentuado das importações, com efeitos prejudiciais à indústria nacional, que perdeu competitividade. O reflexo na economia foi sentido pelas baixas taxas de crescimento econômico nos anos de 1997 e 1998. Como há uma defasagem temporal entre o valor do câmbio e o impacto nas exportações e importações, a valorização da moeda brasileira constitui uma fonte de preocupação para os próximos anos.


Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/taxa-de-cambio-real-e-a-menor-dos-ultimos-nove-anos/14216.