O que é o Jornal da Macroeconomia

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Natal, RN, Brazil
O Jornal da Macroeconomia é uma reunião de debates que tem como temática a conjuntura macroeconômica. Idealizado pelo professor do Departamento de Economia da UFRN, Dr. André Lourenço, para servir como instrumento de incentivo ao debate. Teve sua primeira edição realizada no dia 09 de outubro de 2008. Sua formatação inclui a pesquisa e seleção de notícias consideradas relevantes, envolvendo a temática do debate, que são compiladas e apresentadas aos participantes na forma de jornal, seguindo então os debates, tendo como foco as notícias previamente selecionadas. Esse espaço foi criado para disponibilizar as edições anteriores aos interessados, divulgar o Jornal da Macroeconomia e criar um meio eletrônico de realizar esses debates, visando contribuir para o Curso de Economia da UFRN e de outras academias.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

16ª Edição

Jornal da Macroeconomia


UFRN – Ano 4 – 16ª Edição – Projeto de Monitoria – Teoria Macroeconômica – Abril/2011 – Natal/RN







Dilma diz que não sacrificará emprego e crescimento para combater inflação


Mas presidente diz em reunião do Conselhão que está atenta, dia e noite, às pressões inflacionárias, ''venham de onde vierem''


O governo não vai controlar a inflação à custa do desemprego e da redução drástica do crescimento. A meta foi exposta ontem, de maneira explícita, pela presidente Dilma Rousseff, aproveitando a sua primeira participação na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o "Conselhão".


Diante de empresários, sindicalistas, artistas e ativistas sociais, ela disse é "sempre melhor enfrentar os problemas do crescimento do que os problemas do desemprego, da falta de renda, da falta de investimento e da depressão econômica". Numa referência aos críticos preocupados com a possibilidade de o governo perder controle sobre os preços, Dilma disse que "está atenta dia e noite às pressões inflacionárias, venham de onde vierem".


Acrescentou que "compreende" o "calor da paixão" no debate econômico, mas prefere aguardar a eficácia de medidas já tomadas para manter a política de fazer "reduções seletivas" do crédito e do consumo e chegar a um "crescimento moderado".


Antes do pronunciamento da presidente, o ministro Guido Mantega (Fazenda) fez uma explanação detalhada sobre a visão do governo em relação ao momento econômico mundial e do País. Dois dos 26 slides exibidos - com planilhas que juntavam indicadores e propostas de política econômica - resumiram o que Dilma anunciaria em seguida.


O slide 17 da apresentação do ministro Mantega mostrou que a política do governo é "reduzir a expansão do crédito e moderar o crescimento da demanda sem matar a galinha dos ovos de ouro" - que é o crescimento. O slide 18 explicitou até uma divergência em relação ao governo Lula: o ajuste do governo Dilma, afirmou, "não é o (ajuste) tradicional". Além de alertar para o fato de que as reduções seletivas não atingirão o investimento, a planilha acrescentava: "Em 2011, continuam (os) estímulos ao investimento".


Mantega admitiu que, neste ano, não será possível repetir a "exuberância" do crescimento da oferta de emprego de 2010, quando foram criados mais de 2,5 milhões postos formais.


Herança. Dilma disse que tomará todas as medidas necessárias para garantir a preservação da "nova classe média", o que chamou de "maior e melhor herança" recebida da era Lula.


Ao defender o crescimento, ainda que "moderado", ela pregou inclusão social e o funcionamento dos canteiros das obras do PAC e do Minha Casa, Minha Vida - na prática, a execução do Orçamento mostra que, pelo menos por enquanto, o governo não está fazendo investimentos nesses programas.


Para a presidente, o País ainda tenta consolidar a recuperação da crise financeira de 2008 e sofreu choques internos recentes, como a alta dos preços de alimentos e do etanol. "Eu tenho compromisso em controlar a inflação. Sem controle, não há desenvolvimento sustentável", afirmou. "Eu cumpro meus compromissos. também tenho compromisso com o desenvolvimento econômico e social, pois é o que gera emprego e garante a inclusão."


Site http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110427/not_imp711190,0.php.


Taxa de câmbio “real” é a menor dos últimos nove anos


A desvalorização recente do dólar fez com que, em termos reais, a taxa de câmbio fosse a menor nos últimos nove anos.


A desvalorização recente do dólar fez com que, em termos reais, a taxa de câmbio fosse a menor nos últimos nove anos. A taxa de câmbio “real” é uma medida da taxa de câmbio obtida por meio de uma comparação dela com a inflação do período no Brasil e nos principais parceiros comerciais.

A taxa de câmbio atual é inferior à taxa de janeiro de 1999, mês em que ocorreu a mudança do regime cambial. Em outras palavras, pode-se afirmar que a taxa de câmbio atual é próxima a taxa de janeiro de 1999, caso não tivesse ocorrido inflação no Brasil e nos principais parceiros comerciais. O cálculo desta taxa foi feito pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Já a taxa de câmbio nominal está em nível próximo ao do primeiro trimestre de 2000. Vale ressaltar, entretanto, que, como medida de competitividade, a taxa de câmbio nominal não permite o mesmo tipo de comparação da taxa de câmbio real. Por exemplo, uma taxa de câmbio de R$ 1,72 em 2008 não tem o mesmo significado de uma taxa de câmbio de R$ 1,72 em 2000, pois a inflação do período deveria se refletir numa desvalorização do real na mesma proporção da variação dos preços para que a taxa de câmbio estivesse, de fato, no mesmo nível.

A questão principal desta análise é que a taxa de câmbio atual é praticamente a mesma de quando a economia brasileira tinha um regime de bandas cambiais, que resultou em aumento acentuado das importações, com efeitos prejudiciais à indústria nacional, que perdeu competitividade. O reflexo na economia foi sentido pelas baixas taxas de crescimento econômico nos anos de 1997 e 1998. Como há uma defasagem temporal entre o valor do câmbio e o impacto nas exportações e importações, a valorização da moeda brasileira constitui uma fonte de preocupação para os próximos anos.


Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/taxa-de-cambio-real-e-a-menor-dos-ultimos-nove-anos/14216.


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